Azul testará bioquerosene derivado da cana em 2012
O uso da cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção de combustíveis chegará à aviação. A ideia é que o voo teste com esse tipo de combustível renovável seja feito em 2012 pela Azul Linhas Aéreas e que entre em pratica em vôos comerciais até a Copa de 2014.
Ainda não está definido qual será o percentual do bioquerosene misturado ao QAV (Querosene de Aviação), que é derivado do petróleo. Mas a empresa calcula que será de, pelo menos 20%, podendo chegar a até 50%.
Firmaram intenções, no memorando, além da Azul, a Embraer, fabricante dos aviões E-Jet, usados pela companhia aérea; a GE (General Eletric), que fornece as turbinas dessas aeronaves para a Embraer; e a empresa americana Amyris Biotechnologies, que desenvolverá o bioquerosene.
Esse movimento em busca do bioquerosene está diretamente associado à busca de menores emissões de poluentes na atmosfera, ressaltou o diretor de Estratégias e Tecnologias para o Meio Ambiente da Embraer, Guilherme Freire. Atualmente, a aviação é responsável por 2% do gás carbônico deixado no ar. Com o ritmo de crescimento previsto para os próximos anos, essa proporção subiria para 3% em 2050.
Com o novo biocombustível, a expectativa é que as emissões caiam de 80% a 90%, se comparado ao QAV. Roel Collier acrescentou que os primeiros indícios apontam que o bioquerosene terá um aproveitamento energético superior ao do QAV.
"Outra vantagem seria reduzir a volatilidade do preço do combustível para uma companhia, devido às oscilações do petróleo. Os custos com combustível representam de 30% a 40% do total de uma empresa", observou.
Repórter: Junior Anes
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